(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
A alta nos preços cobrados por combustíveis é uma reclamação constante entre condutores de veículos da Capital. Recentemente, foi constatado que o preço mais barato do litro de etanol era R$ 3,77 e a mesma quantidade de gasolina não saia por menos de R$ 4,59. Em postos de outras cidades, no entanto, o valor é bem mais barato. E não é preciso se distanciar muito de João Pessoa. A partir de Cruz do Espírito Santo, região metropolitana, já nota-se diferença.
No distrito Roma, em Bananeiras, o litro da gasolina foi achado na semana passada por R$ 4,39 e o de etanol por R$ 3,49. Tamanha diferença nos valores, embora cause estranhamento, não necessariamente significam algum tipo de irregularidade. A superintendente do Procon-PB, Késsia Liliana, explica que não há tabelamento de preços de combustíveis e, por isso, os estabelecimentos têm liberdade para decidirem os valores repassados ao consumidor final. Por outro lado, alguns fatores devem ser observados para garantir que não há abuso ao consumidor em locais onde os preços estão mais elevados.
“Não existe tabelamento de preços, mas em casos assim nós avaliamos a margem de lucro dos postos. Somente o fato desses estabelecimentos serem do interior do estado não justificaria tamanha diferença de valores. Temos que avaliar, no caso, os que cobram mais caros, os motivos para aplicação desses preços. Maior número de funcionários e maior custo, por exemplo, são fatores que poderiam explicar a situação. Mas, precisamos analisar tudo e faremos isso a partir desse apontamento feito por vocês [Portal Correio]. Entraremos em contato com Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para fazer esse acompanhamento”, diz Késsia Liliana.
Suspeita em Campina Grande
Em Campina Grande, o coordenador executivo do Procon Municipal, Rivaldo Rodrigues, falou que vai interpelar o Sindicato dos Revendedores de Combustíveis da Paraíba acerca do mais recente reajuste no preço da gasolina.
“Ficamos surpresos porque a Petrobras a mais de 30 dias não aumentava e nem reduzia seus preços. Aliás, no último final de semana ela reduziu em 4,4% o preço da gasolina nas distribuidoras. E na contramão os postos de combustíveis de Campina aumentaram seus preços. Acreditamos que provavelmente eles estavam com esses repasses retidos e agora estão repassando a população. Mas não justifica um aumento acima do normal. Por isso vamos chamar o Sindicato para saber o que realmente aconteceu”, comunicou Rivaldo Rodrigues.
Ainda de acordo com o coordenador, após a justificativa do Sindicato é que o Procon pode tomar as devidas providências. “Não podemos regular os preços, mas podemos atuar caso tenha um aumento abusivo sem justificativa”, reitera Rivaldo.
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